pintada cortada colada pensada colorida permitida
um hoje conscientemente apareceu finalmente
viu o verde herdado preparado manchado e esquecido num repente
colorido de um vermelho malvado salgado molhado
deixado perdido sem sentido não revelado
peguei então meus pincéis olhei o azul sem cor de céu
e comecei minha tela retirando um imenso véu
o cavalete era o vento que ajudava a trabalhar
inspirava a pincelada no seu lento soar
sem a pressa dos finitos imaginei começar
tinha tudo ali mesmo precisava apenas olhar
junto ao lado a inspiração compassada batia com o coração
bailavam nuvens copadas ao som de uma canção
estrelas se juntavam e riam de minhas tintas
na vingança colorida as transformei somente em pintas
anjos e asas e olhos e tronos sem donos se amontoavam
exibindo seu vigor me pedindo por favor...
mas eu queria o inusitado e esperei com muita calma
até que enfim descobri queria pintar a alma
guardei telas e tintas não levara as cores do infinito
o vermelho não seria, o verde não poderia
o azul pertence ao céu, o amarelo ao sol
o branco é da paz e até muito bonito
o lilás é para orquídeas, mas e as cores do infinito?!!!??
volto quando descobrir...

Pintando a Alma by Lucy Bortolini Nazaro is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Vedada a Criação de Obras Derivadas 2.5 Brasil License.
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