13 de mai. de 2009

PINTANDO A ALMA

um ontem esquecido na mente trouxe o dia... nova vida
pintada cortada colada pensada colorida permitida
um hoje conscientemente apareceu finalmente
viu o verde herdado preparado manchado e esquecido num repente

colorido de um vermelho malvado salgado molhado
deixado perdido sem sentido não revelado
peguei então meus pincéis olhei o azul sem cor de céu
e comecei minha tela retirando um imenso véu

o cavalete era o vento que ajudava a trabalhar
inspirava a pincelada no seu lento soar
sem a pressa dos finitos imaginei começar
tinha tudo ali mesmo precisava apenas olhar

junto ao lado a inspiração compassada batia com o coração
bailavam nuvens copadas ao som de uma canção
estrelas se juntavam e riam de minhas tintas
na vingança colorida as transformei somente em pintas

anjos e asas e olhos e tronos sem donos se amontoavam
exibindo seu vigor me pedindo por favor...
mas eu queria o inusitado e esperei com muita calma
até que enfim descobri queria pintar a alma

guardei telas e tintas não levara as cores do infinito
o vermelho não seria, o verde não poderia
o azul pertence ao céu, o amarelo ao sol
o branco é da paz e até muito bonito

o lilás é para orquídeas, mas e as cores do infinito?!!!??

volto quando descobrir...

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Pintando a Alma by Lucy Bortolini Nazaro is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Vedada a Criação de Obras Derivadas 2.5 Brasil License.

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Sonhos são como nuvens valsando flocos de algodão

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Palmas, Paraná, Brazil
Quando o coração começa a viajar cedo na vida, vai se espalhando e esparramando um pedaço da gente em cada canto por onde passamos. Acho que comigo foi algo assim. Minha família sempre ficou com a maior parte, talvez, também, a melhor, mas alguns pedacinhos indiscretos foram se perdendo pelos caminhos. Quando comecei a querer recrutá-los de volta, mandei muita correspondência, escolhi a forma poemas, a forma frases, pensamentos, mas nenhuma resposta imediata. Depois, enviei contos, romance... e usei a internet com suas múltiplas doses de endereços. Comecei a perceber que o que deixei para trás não há como recuperar, mas há sim um jeito de reconstruir esse coração, com novos arranjos, novos pedaços, colhidos aqui e acolá, alguns até parecidos com o meu, e penso que posso torná-lo inteiro novamente. Continuo usando as mesmas formas, porém, com novas fórmulas e novos endereços. Estou gostando das respostas que recebo. Meu coração ainda viaja, mas agora tenho roteiro e carteira de motorista! Prof´Eta (Professora e Poeta).

PÉROLA DO UNIVERSO

Uma curva desvia o que era destino,
Uma força, um vento, um siroco menino
Um grão perdido no sideral espaço
Cria a pérola solitária do universo.

Um róseo coração saltita pelos ares
Navega em barco a vela pelos mares
Voa inquieto, solitário burbulhando amor
Enfeitando jardins verdes de colorida flor.

Há um sonho que insiste se mostrar amarelo,
O quero azul, verde ou vermelho, mas sincero
Exibindo a nave do cósmico voante que o leva
E me busca e em dreams suaves nos enleva.

Mais um risco de um vento no universo... e um grão se fará pérola...

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