30 de jan. de 2010

Da FAFI ao UNICS e IFPR

Estamos vivenciando um momento especial de nossas vidas e não poderíamos deixar de nos pronunciar neste tempo que é de despedidas em relação ao UNICS, mas também que é um tempo de renascimento, com a esperança concretizada da Federalização como um grande benefício para todos nós, em especial para Palmas. Talvez a gente não consiga compreender totalmente, neste momento, o que representa esta mudança, talvez a gente se sinta meio sem chão, meio perdidos em relação ao novo desafio que vem por aí, mas de alguma forma queremos dizer que nós acreditamos que a luta dos Chanceleres, dos Dirigentes de nossa Instituição e de Lideranças palmenses foi pelo melhor, pelo certo, pelo que poderia e pelo que deveria ser feito.
Acompanhamos o seu esforço para salvar nossa Instituição, para salvar o futuro que nasceu há 40 anos e que foi semeado com tanto carinho por D. Carlos e Monsenhor Eduardo e foi cuidado, regado com o mesmo carinho por Dom Agostinho e Dom José, juntamente com todos que formaram o que vamos chamar de Família UNICS.
Lembramos que o milagre da estabilidade poderia ter permanecido por muito mais tempo se os acontecimentos das últimas décadas, principalmente em nossa área de atuação, não houvessem lançado uma nova luz sobre nossas vidas. Outras Instituições, federalizações no Ensino Superior, diminuição drástica de alunos em nossa IES... E pudemos sentir claramente que era chegado o tempo de mudanças. Sabemos que o difícil foi justificar tudo isso perante os que não conseguiram sentir, ver e entender a torrente de acontecimentos e escolheram permanecer de olhos vendados diante do novo. Talvez continuando o sonho que vivenciamos nas três primeiras décadas de nossa Instituição de Ensino, nos tempos dourados, vividos por Palmas. Mas os tempos são outros e exigiram de todos uma força redobrada para tomar decisões, para enfrentar os céticos, os críticos e a negatividade de muitos. Graças a uma força superior seguimos adiante e mesmo remando sem muitos braços conseguimos atravessar o rio, chegar com o barco intacto do outro lado, de onde se pode reconstruir caminhos, fazer pontes e propiciar a muitos outros que também façam a travessia. Queremos lembrar que alguém já disse que “o pior naufrágio é daquele que não saiu do porto”, nós saímos e conseguimos navegar em águas mais tranqüilas.
Assim, reconhecendo o trabalho, a luta quase que solitária e silenciosa de alguns poucos, precisamos agradecer, precisamos dizer que somos aqueles que sempre tiveram esperanças em um amanhã promissor, não foram esperanças egoístas, individualistas, mas esperanças de quem sabe que algo deveria ser feito. Sempre soubemos que poderíamos ficar à margem, mas assim mesmo de alguma forma estaríamos incluídos na vitória, pois poderíamos assistir o sucesso de um feito que poderá ser usufruído por nossos filhos e netos, graças a um grupo de pessoas que acreditou novamente em um sonho, em um ideal que poderia ser a realidade do amanhã palmense, assim como foi o ideal nascido há 40 anos, pelos que nos antecederam. E aos que têm o mérito da luta e da vitória deve ser dada a coroa de louros.
Por isso, estejam certos, todos os que participaram desta batalha, seus nomes estarão sempre presente nos corações de todos os que reconhecem verdadeiros líderes, dos que sabem da necessidade do sacrifício e sem medo prosseguem na luta. Que Deus dê a cada um a medida certa da recompensa.
Airton Senna disse um dia: “Podem ser encontrados aspectos positivos até nas situações negativas e é possível utilizar tudo isso como experiência para o futuro, seja como piloto, seja como homem.” Assim deve ser encarada a questão da “perda do espaço e até do emprego”, uma oportunidade para criar um novo futuro, com base na experiência vivida por tantos anos. Contudo o que considero como mais negativo e que pode não ser visto neste momento é o afastamento do convívio com aqueles a quem nos acostumamos encontrar cotidianamente, dizer olá, trocar palavras, sorrisos e cultivar amizade ou coleguismo. Mas tenho certeza de que novos espaços nascerão e novos encontros acontecerão em nossas vidas, de igual intensidade e com novos laços que nos farão continuar sorrindo para a vida porque ela se tornou mais bela.
Talvez alguns escolham continuar na mesma trajetória, a eles os votos de sucesso.

A felicidade pode ser real

Cada dia é um novo dia em nossas vidas, trazendo novas esperanças e firmando novos ideais. Podemos até pensar que são quimeras, sonhos, fantasias, mas quando bate à nossa porta, sabemos que a felicidade pode ser real.
Você corre, corre todos os dias, mas um dia você consegue parar e consegue ficar de olhos abertos para o que está ao teu redor, então você consegue enxergar a tua família, teus entes queridos, teus amigos, todos reunidos ao redor de uma mesa sorrindo porque simplesmente são teus amigos, conseguem te entender e esperar por tua parada, para um simples conversar.
Você percebe que o dinheiro não acumula amigos, não compra parentes, filhos, netos, pais; não manda trazer a amizade real, não compra saúde (apesar de facilitá-la, não sejamos hipócritas, sabemos que com ele os remédios e tudo mais chegam antes, embora nem sempre afastem definitivamente as doenças que você tem). Não compra Deus, nem os Santos, nem sua sorte, seu destino, seu sorriso e sua alegria (a não ser que você trabalhe como palhaço, contador de piadas- pagando bem... que mal tem? Vai lá, fazer a festa!). Não compra seus sonhos, eles são de graça e nascem de seu interior que nada lhe cobra a não ser o amor de você por você mesmo.
O tempo passa e você percebe que não visitou os parentes, os amigos, você percebe que nasceram fios brancos em seus cabelos, na verdade você percebe porque alguém te falou, senão... nem se olhar direito no espelho teve tempo... Que “barbaridade”! Como é que você esqueceu de você mesmo?
Pois é... Mas não se entristeça, ainda é tempo, sempre é tempo de arrumar sua cozinha, sua sala, ou sua garagem; e trazer os amigos que restam e os parentes, para destrinchar aquele churrasco gordo, ou macarronada, ou risoto que seja, quem sabe um gostoso chimarrão! E juntos rir um bocado das desventuras que passaram juntos ou separados, mas superaram e estão vivos, afinal de contas! Sempre é tempo de recomeçar. Sempre é tempo de fazer a felicidade acontecer, através das pequenas/grandes coisas do dia-a-dia, como os encontros para um bate papo e horas de riso frouxo, despressionando o cotidiano do coração. Vale mais do que três ou mais caminhadas solitárias por semana. Isso é certo! Já está preparando a lista de convidados? Com certeza, um bocado de felicidade fará parte de sua vida... As festas de final de ano estão chegando, um bom período para uma parada salutar! Seja feliz enquanto é tempo! Leia poesias, por exemplo e pratique boas ações, em especial neste Natal!

Orvalho

pingos de orvalho molham pensamentos inquietos
na noite calma
enquanto sonhos doces
ou não
sussurram novidades do dia
segundos se somam silenciosamente
formando a hora
que olha para nós
que a vemos passar

é preciso viver as horas.... com felicidade!

Meu Livro: Quem tem Medo de Gatos? E outras estórias (Ed. Vozes)

Meu Livro: Quem tem Medo de Gatos? E outras estórias (Ed. Vozes)

Sonhos são como nuvens valsando flocos de algodão

Minha foto
Palmas, Paraná, Brazil
Quando o coração começa a viajar cedo na vida, vai se espalhando e esparramando um pedaço da gente em cada canto por onde passamos. Acho que comigo foi algo assim. Minha família sempre ficou com a maior parte, talvez, também, a melhor, mas alguns pedacinhos indiscretos foram se perdendo pelos caminhos. Quando comecei a querer recrutá-los de volta, mandei muita correspondência, escolhi a forma poemas, a forma frases, pensamentos, mas nenhuma resposta imediata. Depois, enviei contos, romance... e usei a internet com suas múltiplas doses de endereços. Comecei a perceber que o que deixei para trás não há como recuperar, mas há sim um jeito de reconstruir esse coração, com novos arranjos, novos pedaços, colhidos aqui e acolá, alguns até parecidos com o meu, e penso que posso torná-lo inteiro novamente. Continuo usando as mesmas formas, porém, com novas fórmulas e novos endereços. Estou gostando das respostas que recebo. Meu coração ainda viaja, mas agora tenho roteiro e carteira de motorista! Prof´Eta (Professora e Poeta).

PÉROLA DO UNIVERSO

Uma curva desvia o que era destino,
Uma força, um vento, um siroco menino
Um grão perdido no sideral espaço
Cria a pérola solitária do universo.

Um róseo coração saltita pelos ares
Navega em barco a vela pelos mares
Voa inquieto, solitário burbulhando amor
Enfeitando jardins verdes de colorida flor.

Há um sonho que insiste se mostrar amarelo,
O quero azul, verde ou vermelho, mas sincero
Exibindo a nave do cósmico voante que o leva
E me busca e em dreams suaves nos enleva.

Mais um risco de um vento no universo... e um grão se fará pérola...

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