Mário Quintana nasceu na cidade de Alegrete (RS) em 30 de julho de 1906 e faleceu, em Porto Alegre, no dia 5 de maio de 1994, próximo dos 87 anos. Com 60 poemas inéditos, organizados por Rubem Braga e Paulo Mendes Campos, sua "Antologia poética", foi publicada em 1966, no Rio de Janeiro. Comemorando seus 60 anos, em 25 de agosto o poeta foi saudado na Academia Brasileira de Letras por Augusto Meyer e Manuel Bandeira. Recebeu elogios de Carlos Drummond de Andrade, Vinícius de Morais, Cecília Meireles e João Cabral de Melo Neto.
Na contramão do Modernismo, em 1940 estreou com um livro de Sonetos “A Rua dos Cataventos”. Em 2001, a editora gaúcha Artes e Ofícios publicou postumamente o seu último volume de poemas inéditos “Água”.
Mario Quintana partiu para a liberdade total no mesmo dia do enterro de Airton Senna. Mas nosso poeta foi silencioso, (“O silêncio é um espião” (M.Q). O Poeta deixa saudades e seu legado literário esplêndido, que embala nossos dias leitores. “Todos estes que aí estão / atravancando o meu caminho, / eles passarão. / Eu passarinho.” Muitos passaram, na verdade, Ele? Jamais!!!
O Hotel Majestic, no Centro de Porto Alegre, onde residiu durante muito tempo, foi transformado na Casa de Cultura Mario Quintana.
Entre os muitos presentes que nos deu, aí estão:
Os degrausNão desças os degraus do sonho
Para não despertar seus monstros.
Não subas aos sótãos — onde
Os deuses, por trás das suas máscaras,
Ocultam o próprio enigma.
Não desças, não subas, fica.
O mistério está na tua vida!
E é um sonho louco este nosso mundo... (Baú de espantos)
CrônicaAh, essas pequenas coisas, tão quotidianas, tão prosaicas às vezes, de que se compõe
meticulosamente a tessitura de um poema... talvez a poesia não passe de um gênero de
crônica, apenas: uma espécie de crônica da eternidade. (80 anos de poesia)
ConviteBasta de poemas para depois...
Ó Vida, e se nós dois
Vivêssemos juntos? (Baú de espantos)
Aceitemos esse convite! A Poesia é alimento do espírito e todos precisamos muito mais que apenas pão para viver!