6 de mai. de 2009

Dia 05 de maio de 2009. 15 ANOS SEM A PRESENÇA FÍSICA DE MÁRIO QUINTANA

Mário Quintana nasceu na cidade de Alegrete (RS) em 30 de julho de 1906 e faleceu, em Porto Alegre, no dia 5 de maio de 1994, próximo dos 87 anos. Com 60 poemas inéditos, organizados por Rubem Braga e Paulo Mendes Campos, sua "Antologia poética", foi publicada em 1966, no Rio de Janeiro. Comemorando seus 60 anos, em 25 de agosto o poeta foi saudado na Academia Brasileira de Letras por Augusto Meyer e Manuel Bandeira. Recebeu elogios de Carlos Drummond de Andrade, Vinícius de Morais, Cecília Meireles e João Cabral de Melo Neto.
Na contramão do Modernismo, em 1940 estreou com um livro de Sonetos “A Rua dos Cataventos”. Em 2001, a editora gaúcha Artes e Ofícios publicou postumamente o seu último volume de poemas inéditos “Água”.
Mario Quintana partiu para a liberdade total no mesmo dia do enterro de Airton Senna. Mas nosso poeta foi silencioso, (“O silêncio é um espião” (M.Q). O Poeta deixa saudades e seu legado literário esplêndido, que embala nossos dias leitores. “Todos estes que aí estão / atravancando o meu caminho, / eles passarão. / Eu passarinho.” Muitos passaram, na verdade, Ele? Jamais!!!
O Hotel Majestic, no Centro de Porto Alegre, onde residiu durante muito tempo, foi transformado na Casa de Cultura Mario Quintana.
Entre os muitos presentes que nos deu, aí estão:

Os degraus
Não desças os degraus do sonho
Para não despertar seus monstros.
Não subas aos sótãos — onde
Os deuses, por trás das suas máscaras,
Ocultam o próprio enigma.
Não desças, não subas, fica.
O mistério está na tua vida!
E é um sonho louco este nosso mundo... (Baú de espantos)

Crônica
Ah, essas pequenas coisas, tão quotidianas, tão prosaicas às vezes, de que se compõe
meticulosamente a tessitura de um poema... talvez a poesia não passe de um gênero de
crônica, apenas: uma espécie de crônica da eternidade. (80 anos de poesia)

Convite
Basta de poemas para depois...
Ó Vida, e se nós dois
Vivêssemos juntos? (Baú de espantos)

Aceitemos esse convite! A Poesia é alimento do espírito e todos precisamos muito mais que apenas pão para viver!

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Sonhos são como nuvens valsando flocos de algodão

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Palmas, Paraná, Brazil
Quando o coração começa a viajar cedo na vida, vai se espalhando e esparramando um pedaço da gente em cada canto por onde passamos. Acho que comigo foi algo assim. Minha família sempre ficou com a maior parte, talvez, também, a melhor, mas alguns pedacinhos indiscretos foram se perdendo pelos caminhos. Quando comecei a querer recrutá-los de volta, mandei muita correspondência, escolhi a forma poemas, a forma frases, pensamentos, mas nenhuma resposta imediata. Depois, enviei contos, romance... e usei a internet com suas múltiplas doses de endereços. Comecei a perceber que o que deixei para trás não há como recuperar, mas há sim um jeito de reconstruir esse coração, com novos arranjos, novos pedaços, colhidos aqui e acolá, alguns até parecidos com o meu, e penso que posso torná-lo inteiro novamente. Continuo usando as mesmas formas, porém, com novas fórmulas e novos endereços. Estou gostando das respostas que recebo. Meu coração ainda viaja, mas agora tenho roteiro e carteira de motorista! Prof´Eta (Professora e Poeta).

PÉROLA DO UNIVERSO

Uma curva desvia o que era destino,
Uma força, um vento, um siroco menino
Um grão perdido no sideral espaço
Cria a pérola solitária do universo.

Um róseo coração saltita pelos ares
Navega em barco a vela pelos mares
Voa inquieto, solitário burbulhando amor
Enfeitando jardins verdes de colorida flor.

Há um sonho que insiste se mostrar amarelo,
O quero azul, verde ou vermelho, mas sincero
Exibindo a nave do cósmico voante que o leva
E me busca e em dreams suaves nos enleva.

Mais um risco de um vento no universo... e um grão se fará pérola...

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