Não há um caminho de encontro na estrada que trilhamos
Há pedras, muros, mares e rios sem pontes
Ouvidos moucos, uma boca que cala e uma alma que fala.
Não há encontro marcado, esbarrar-se numa rua qualquer não é nada
Olhares que se beijam é sonho de madrugada, vida iludida, cansada
Mãos que se encontram, são apenas diferentes toques sutis
Para divertir quem maneja os títeres deste palco iluminado.
Podres poderes nos deram, com veneno nos alimentaram
Criamos armas, inventamos mortes diferentes
Como vingança doce sugamos o sangue de inocentes
Rindo porque ainda acreditam que podem...
Cortamos as amarras do manejador, enfrentamos nosso medo
Convivemos com a dor, criamos destinos ignotos,
Não cremos mais no amor. Do mundo resta um esgoto
Por onde escorremos como fezes jogadas por todos os seres.
Até quando o universo resiste? Ou o Cósmico insiste?
Não há reserva de amor na cacimba da seca
Homens rasparam o fundo da lama,
A morte, resta a morte do céu e um adeus ao sonho...
Porque o homem não quer olhar para seu Eu Divino. Não se escuta mais!
(Nazaro, Lucy Salete Bortolini. TÍTERES
(Poesia). Escrevivendo. 2009. Disponível em URL: http://lucynazaro.blogspot.com/
Postado em 19 de fevereiro de 2009 às 01:00. Licença: Creative Commons.
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