10 de jun. de 2009

APROXIMANDO DISTÂNCIAS

(Para Isla Negra)
Há mais que um mar entre nós/
Há mais que o dia e a noite/
Há mais que nós mesmos/
Há o “nós” que fazemos as distâncias/

Com nossos medos, nossas covardias/
Nossos esconderijos, nossas melodias/
Atravessamos o pensamento vazio/
E nos fazemos solitários por opção/

Há mais do que pensamos, sonhamos/
Há um arrepio na imaginação fértil/
Uma descompostura na fala inerte/
E um não quando o sim é tudo/

Mas pode não haver nada nos separando/
Pode haver o abraço no regaço rosa do coração/
E o enlace da amizade nos unindo em emoção/
Em cumplicidade, companheirismo, nação/

Pode haver o sorriso certo por perto diminuindo a distância deste mar.../

CLOSER DISTANCES/

There is more than an ocean between us/
There is more than a day and a night/
There is more than ourselves/
There is the “we” creating distances/

With our fears, our cowar thoughts/
With our hiding places, in our tunes/
We cross the empty thought/
And we become alone by option/

There is more than what we think, dream/
There is a shiver in the fertile imagination/
There is a disturbance in the inert speech/
And a “no” when yes is all/

It may exist nothing separating us/
It can be a hug in the bosom of a pink heart/
And the entwine of friendship joining our emotion/
in complicity, in companionship, a nation./

The right smile may happen, surely reducing the ocean's distance./

Creative Commons License
CLOSER DISTANCES by Lucy Bortolini Nazaro is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Vedada a Criação de Obras Derivadas 2.5 Brasil License.

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Sonhos são como nuvens valsando flocos de algodão

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Palmas, Paraná, Brazil
Quando o coração começa a viajar cedo na vida, vai se espalhando e esparramando um pedaço da gente em cada canto por onde passamos. Acho que comigo foi algo assim. Minha família sempre ficou com a maior parte, talvez, também, a melhor, mas alguns pedacinhos indiscretos foram se perdendo pelos caminhos. Quando comecei a querer recrutá-los de volta, mandei muita correspondência, escolhi a forma poemas, a forma frases, pensamentos, mas nenhuma resposta imediata. Depois, enviei contos, romance... e usei a internet com suas múltiplas doses de endereços. Comecei a perceber que o que deixei para trás não há como recuperar, mas há sim um jeito de reconstruir esse coração, com novos arranjos, novos pedaços, colhidos aqui e acolá, alguns até parecidos com o meu, e penso que posso torná-lo inteiro novamente. Continuo usando as mesmas formas, porém, com novas fórmulas e novos endereços. Estou gostando das respostas que recebo. Meu coração ainda viaja, mas agora tenho roteiro e carteira de motorista! Prof´Eta (Professora e Poeta).

PÉROLA DO UNIVERSO

Uma curva desvia o que era destino,
Uma força, um vento, um siroco menino
Um grão perdido no sideral espaço
Cria a pérola solitária do universo.

Um róseo coração saltita pelos ares
Navega em barco a vela pelos mares
Voa inquieto, solitário burbulhando amor
Enfeitando jardins verdes de colorida flor.

Há um sonho que insiste se mostrar amarelo,
O quero azul, verde ou vermelho, mas sincero
Exibindo a nave do cósmico voante que o leva
E me busca e em dreams suaves nos enleva.

Mais um risco de um vento no universo... e um grão se fará pérola...

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